segunda-feira, 3 de março de 2008
Ultimamente tenho pintado os meus dias com fortes e vibrantes cores. Cores vivas, gritantes, de tinta a óleo. Ah! Esta, a preferida de todas, utilizada por tantos célebres pintores, que em célebres obras de artes já se empregou.
Estou a perguntar-me: Que telas estou criando? Serão quadros impressionistas, com traço borrado e cores pesadas? Ou penderão mais para o pontilhismo? Talvez evoquem temas do Surrealismo? Boa pergunta!
Mas uma coisa estou a perceber: Ao passo que pinto minhas telas da vida com as vivazes e estonteantes cores a óleo, fico a questionar-me se não seria mais prazeroso, alegre, leve, se voltasse a utilizar as cores de aquarela, sim aquelas que já me serviram na infância, com seu aspecto translúcido e que, em vez de mascaraem o substrato onde se aplicam, permitem que o mesmo seja visto, mas embelezado, enobrecido, com nova vida.
Mascarar a tela com as cores do óleo é sobrepujar o eu interior, a personalidade real, a essência.
Ó, tintas de aquarela, dai me a vossa leveza e sinceridade! Tomar-vos-ei para continuar a pintar a minha história.