terça-feira, 11 de setembro de 2007
O sol. Ao mesmo tempo imponente e tímido, castigante e infantil - ao brincar de esconde-esconde entre as nuvens não só o faz como também levianamente brinca com os humores e expectativas daqueles que o aguardam e nele depositam a esperança de dias de descanso. Aquece-nos, queima-nos, torna os dias mais belos, leves, azuis.
A areia, ah sim , ela. Carregados pelo vento,seus grãos são abrasivos, desgastam as pinturas, os objetos, a nossa pele. Adentram sapatos, máquinas, equipamentos. Mas, nessa sua onipresença, também abrigam os caranguejos, também relaxam o pé descalço que nelas anda, emitindo aquele triunfal ruído para o qual não se achou onomatopéia apropriada - ruído que representa o "cheguei, venci, me afastei do zum-zum-zum, do asfalto, do concreto e sou agora com a natureza, com a vida, com o ar puro."
Ah, o mar... As águas.
Este amontoado de águas salgadas, do sal que arde, resseca. Do sal que cura e dá sabor. Águas que refrescam, águas nas quais nadamos que nos roubam, nos livram dos males, dos sapos engolidos, dos rancores, do cansaço. Águas que ora ondulam, ora se acalmam. Águas que com seu constante ruído de vai-e-vem coordenado acalmam, transmitem tranqüilidade e bem-estar.
Os sabores! Sabores ilhéus, sabores do vilarejo. Da comida típica com seus camarões empanados inteiros, com cabeça, patas, casca. Da dança local e seu dinossáurico mascote. Das noites em volta da fogueira e do eventual (e tão estrangeiro ao local quanto seus visitantes) brigadeiro de panela.
E tantos, tantos outros que ao fim tornaram a experiència completa. Em especial aquele sabor que veio, como o tanino vem ao fim de uma taça de bom vinho, que dura e permanece vivo nos sentidos como o aroma das notas de fundo dos perfumes mais elaborados, como o cheiro das flores mais perfumadas.
O feriado recém passado caiu no meu dia-a-dia como uma luva.
No ritmo que ando, sempre sedento por um dia ou dois de alívio, tratou de refrescar-me, ao embarcar em uma viagem jovial, despida de confortos, com imprevistos, rumo a um lugar pitoresco, e o mais importante: em ótima companhia.
7 desavisados navegantes responderam:
"Adentram sapatos, máquinas, equipamentos."
uahuahua
Ahhh bem lindo anderson!
Como eu ja disse: se relevando o escritor!
Super sentimental!
será o amor de viagem que inspiro né ;) ??
auhauha brincadeira!
Adorei tudo!!
=P
se soubessem os demais.....
mas resigno-me em favor da boa vizinhança
conseguiu mostrar de uma maneira simples e direta todo o bem que um simples feriado pode fazer (e fez) com as pessoas!
sensacional o post!! e o feriado tb!
grande abraço!!
hum
huuuuum
huuuum-hummmmmm!
o nêne!
primeira vez que te vi escrever esse tipo de texto
não gosto muito desse sentimentalismo...
mas... ficou legal até
:P
abração!!!
A sim! e me esqueci de falar.
Como estava lhe falando estimado primo, em nossas conversas pelo Messenger; esse seu texto, aonde seu Eu-Lirico ultrapassou as barreiras naturais que lhe seguravam dentro de sua alma, me lembrou um texto que li, com muita pressão alheia, diga-se de passagem... (pressão do tipo: Leia esse texto... AGORA CACILDA!!), de um grande mestre da literatura, o Carlos Drummond de Andrade.
Eu particularmente não gosto dos grandes mestres da literatura... prefiro os grandes mestres da matemática... ou aqueles fenomenais gênios que "inventaram" as inumeras leis da fisica.
Mas como eu gosto de vossa pessoa (não como gosto de garotas por exemplo... mas sim como gosto de um irmão), digo que seu texto ficou bom... mesmo por que temos que valorizar os nossos... nunca se sabe quando vamos precisar da ajuda destes.
Bom.. meu querido e estimado primo, é isso que tenho a lhe dizer, nesta manhã de...
...
ah sim! Nesta NEFASTA manhã de quarta feira...
E tenho dito!
Grande Abraço!
Nossa!!!
Adorei! Não sabia que vc era escritor assim!!! hihihi
Muito lindo! Adorei!
E viva a nostalgia de cada momento vivido, como vc disse, em ótima companhia!!!
Muito bom! ;)
Oiee...
Acho que está na hora de vc repensar a profissão... hehe
Mto Lindo! Adorei...
Bjux
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